50 TONS DE CINZA - E.L James

Sinopse: "Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja – mas em seus próprios termos. Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso – os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família –, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos..."

Minha história com este livro é, no mínimo, estranha. Um belo dia estava eu no curso de inglês e o meu professor entra na sala reclamando porque teve que parar de ler um tal livro para nos dar aula. "Eu odeio odeio odeio esse livro", ele disse. Sem entendermos, ele continuou "você lê, lê, lê e só quer ler mais...".  Segundo ele, cinco professores do Brasas tinham comprado o livro naquele dia - numa livraria que tem num shopping em frente ao prédio do curso - e estavam viciados. Instantaneamente, fiquei curiosa, afinal, que livro era esse que fazia tanta gente se viciar? Como gosto tanto de ler, perguntei, e sua resposta para mim foi direta e um tanto engraçada "olha, é muito bom, mas você não tem idade pra ler". Insisti, várias vezes, para saber do que se tratava, e finalmente, no final da aula ele me mostrou um trecho. Fiquei boquiaberta e, ainda assim, extasiada com o que tinha lido. Não acreditei que um livro daqueles poderia ter chamado sua atenção - muito menos a minha! Cheguei em casa e a primeira coisa que fiz foi baixá-lo. 

Logo nas primeiras páginas você se apaixona por Christian Grey. Rico, ridiculamente bonito e bem sucedido (e, em minha humilde opinião, uma versão 2.0 de Robert Pattinson, mas com olhos cor de cinza), Grey se mostra o homem perfeito. 

"Às vezes me pergunto se existe algo de errado comigo. Talvez eu gaste muito tempo na companhia dos meus heróis românticos literários, e consequentemente minhas ideias e expectativas são extremamente altas. Mas, na verdade, ninguém nunca me fez sentir assim."

Anastasia é uma menina comum (e aí você pensa "e sem graça, como em todo romance água com açúcar", MAS NÃO!), mas muito inteligente e que está quase se formando, vai entrevistá-lo no lugar de sua amiga, que ficou doente justamente num dos dias mais importantes de sua vida, quando entrevistaria o CEO do momento. Ao chegar a empresa, Ana estranha o ambiente, por não estar acostumada com aquele tipo de coisa, e desastradamente, entra caindo na sala de Christian. A partir deste momento, a trama começa a se desenrolar. Christian vai te intrigar de uma forma tão absurda, que você simplesmente não vai conseguir parar de ler... Até descobrir o que ele realmente é. Neste momento, sua vontade vai ser tacar o livro longe, provavelmente arregalar os olhos e não acreditar que uma pessoa assim realmente pode existir - no entanto, eu garanto, a curiosidade vai falar mais alto. Muitas pessoas o definem como "um monstro", "sado masoquista" e diversas outras palavras não muito legais... Minha opinião é bem diferente disso e talvez, só talvez, seja porque eu tenho uma queda por bad guys. Christian não é um monstro, ele só tem... Gostos diferentes. E por mais que digam que ele não tem um coração - e de ele mesmo afirmar que não é capaz de amar, ou de ser amado -, suas ações, aos poucos, revelarão que, na verdade, é um romântico sem esperança, e doente... A espera de alguém para curá-lo. 

"A dor física provocada por uma correada não é nada comparada a essa desolação."

Não sei se defino 50 tons de cinza como um romance ou uma tragédia... Prefiro dizer que é um livro sobre o amor, a mistura dos dois. Amor incondicional, o tipo de amor que nós duvidamos que exista e que, mesmo assim, esperamos um dia encontrar.